A alma viva e ativa enche e preenche o texto a pretexto da fragância poética
terça-feira, 11 de junho de 2019
O corpo etéreo
O corpo é a alma celeste
colina de sete mares
no mapa astral
o risco arriscado do voo
rasante
pintalgado de madrepérolas
até ao infinito de memórias ancestrais.
Vida, sol, maresia
dentro de uma caixa surpresa
levitam no pensamento, sem cruz.
O medo nas mãos suaves,
dos compositores
cuja sonoridade eleva o espírito,
num fio de cordel,
um single em off
tecnologia avançada
numa plataforma digital.
Sem mácula, imaculada
no interior do universo,
a mente aberta abraça a lua.
Ver para crer,
sentir para nascer,
a arte divina.
A casa
Lugar primeiro
condição si que non
para o sonho ter lugar
lar tranquilo
numa tranquilidade calada
uma metamorfose inquietante
máscara robusta
de forma e movimento
um alpendre em rodopio
um rés do chão
e um só andar
casa de estar
tendo por companhia
os pássaros
a alegrar as noites calmas
um quarto aquecido
pela lareira da sala
num coração adormecido
de laços e artefatos
da sensibilidade do construtor.
condição si que non
para o sonho ter lugar
lar tranquilo
uma metamorfose inquietante
máscara robusta
de forma e movimento
um alpendre em rodopio
um rés do chão
e um só andar
casa de estar
tendo por companhia
os pássaros
a alegrar as noites calmas
um quarto aquecido
pela lareira da sala
num coração adormecido
de laços e artefatos
da sensibilidade do construtor.
Asas
Sacrifico as asas
no queixume de glória
para conhecer o mundo
em segredo.
Durmo sem medo
sobre os lírios arroxeados
de hastes verdes
amarelecidas pelo tempo.
Um espetacular crepúsculo azul
por cima do meu corpo reage
alienado pelo espaço inebriante
levando nesse cair da noite
a esperança
de um amanhecer diferente.
O céu e a terra se fundem
num ramalhete de madressilvas
num pedestal de sabor agridoce.
Encosta acima
a água jorra incessante
no vale agreste
num desfiladeiro
de imagens subtis
dançantes ao vento
fazendo eco nas passadas
do bosque.
no queixume de glória
para conhecer o mundo
em segredo.
Durmo sem medo
sobre os lírios arroxeados
de hastes verdes
amarelecidas pelo tempo.
por cima do meu corpo reage
alienado pelo espaço inebriante
levando nesse cair da noite
a esperança
de um amanhecer diferente.
O céu e a terra se fundem
num ramalhete de madressilvas
num pedestal de sabor agridoce.
Encosta acima
a água jorra incessante
no vale agreste
num desfiladeiro
de imagens subtis
dançantes ao vento
fazendo eco nas passadas
do bosque.
Intemporal
Não há maior ventura
do que abrir a janela verde
e observar uma neblina tímida
ao fundo do caminho estreito
e sentir a voz empolgada
de uma natureza robusta.
Sentir o gemido da terra
das entranhas do vale
o impenetrável som
masca no labirinto azul
o colírio do pintassilgo
acetinado de penas
na planície da presença humana.
Eu e tu somos um
No silêncio
as palavras saem
do interior de nós
enquanto mergulhamos
o pensamento
no espaço da recordação.
Colhemos hoje
a mais distinta flor
do aroma floral
da cor do sangue
desejo personificado
que preenche e enche
o campo cultivado de desafios
que nos fez voar e crescer
no peito abotoado pelo tempo infinito.
Sente
conforta
a minha alma enigmática
porque
tu
eu
nós somos iguais.
Liberdade
O voo das folhas suadas pelo vento
rasga os ares numa folha de embrulho
juntando uma melodia
de um pedaço do céu
num baile dançante.
Lá fora, o sol brilha
e já não se sente o rumor das folhas
porque a melodia poética
é suave e tem o aroma
leve e fresca do bico da ave
no coração atento
invisível ao olhar.
rasga os ares numa folha de embrulho
juntando uma melodia
de um pedaço do céu
num baile dançante.
Lá fora, o sol brilha
e já não se sente o rumor das folhas
porque a melodia poética
é suave e tem o aroma
leve e fresca do bico da ave
no coração atento
invisível ao olhar.
Mar
Ó mar
a tua melodia
ninguém a pode perceber
no teu cantar
a tempestade esvai.
Quando estás mansinho
beijas a água salgada
em marés de espuma
deixando o rasto
de maresia branca...
Quando te zangas
depressa bates nas rochas
e lavas as pedras inertes.~
O teu sussurro
esvoaça ante meus olhos
brindas-me com o champanhe
das lágrimas límpidas de felicidade
e arrastas até aos confins
a oceania naufragada!
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