sábado, 30 de novembro de 2019

Dunas




Quando a flor morrer 
entre as salinas das dunas
tu renascerás até aos confins dos mares
a salga baterá 
no porto de embarque
escancarada a arfar sonetos 
de amor e desdém
contudo a perfeição morará num endereço incompleto
com letras escondidas
em corais arrebitados 
pelo vento estarrecido
Porque a morte chegará
na sofreguidão das luas.
Enquanto isso alimentarás a vaidade
em golpes de poeira.

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