Quimeras
A terra tremeu nos teus olhos
um vulcão surgiu no teu olhar
o basalto derreteu as tuas lágrimas salgadas
gastas em lava liquefeita
petrificada na pedra e no ser.
O brio hilariante da ilha
que te viu nascer sussurra baixinho
numa orquestra sem voz
e o fado emerge do teu corpo.
O espaço verde e inebriante
amaina a força da lama
arrastando emoção e coragem
e na tua boca flutuam palavras asfaltadas
numa alegoria
que só eu entendo.
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