Deixa os grãos de areia
prolongarem nos dedos finos
um cântico leve da ave.
Deixa respirar
o vibrato morno das cordas
penduradas no relvado do jardim
dos dias pachorrentos.
Deixa o sabor acre
em desalinho nos cabelos finos
ondulantes nas marés de espuma
rodeadas de maresia.
Deixa cair o rosto brando
na leveza dos dias citadinos
as emoções da alma
ao virar da esquina.
Deixa que o sopro da vida inteira
assuma o papel principal
na juventude clara, o dito pelo não dito
e façamos uma festa!
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