domingo, 10 de fevereiro de 2019

Hipnose

Não durmo, não sonho
vivo em hipnose
o latejar das fontes
arrepia-me os ossos.
Sem querer os desenhos
desfazem-se na água
e a terra amolecida de barro
apodreceu a semente.
A encruzilhada desfez
as palavras malditas
e a víbora estremeceu
o vazio de cordas torcidas
na noite ardida desapareceu a floresta verde.
Rufam os tambores
e o beijo sôfrego de carmim
espelha o suor do corpo no universo.

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