A chuva derrama
as lágrimas no rio translúcido
adormecendo o arco-íris
O sol as enxuga
ao enfrentar a névoa matinal
o sibilar dos silvos nas esteiras estreitas
em contra ciclo apressado
cai miudinha num fio de cordel
pendente num raiozinho de luz
no crepúsculo deixado pelos trigais
o sabor doce nos olhos do mar
ensaboando o destino da brisa salgada
as gotículas no telhado branco
lavam decididamente a alma.
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