Enquanto meus olhos à espera
se refugiarem no mar
há esperança de pisar a lua.
Enquanto meus pés descalços
sentirem a doçura da vida
nas pedras ondulantes das montanhas
encontrarei o beijo ao voltar da esquina.
Enquanto a minha alma
cheia de coisa nenhuma
varrer a latitude dos trópicos
em dias solarengos e febris
jamais se quebrarão as amarras do vidente.
Enquanto tiver alento
a semente jamais morrerá
e o rio não secará
castelos de areia morna
levar-nos-á para um sítio melhor
no infinito de nós.
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