Palavras soltas
loucas
insensíveis
proliferam como pardais sedentos
rasgadas ao ventre
estrelas cadentes
amorfas
encardidas
no coração...
folhas escritas
de tinta indelével
na palma da mão...
no papel gravitam,
no mar letras baloiçam
pingentes
astutas
quem as não lê não sabe
que o cheiro a tinta
marca, além uma pinta
de grafemas caducas
girando num vaivém
tecem cruzadas teias
que a vida contém...
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