terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Portugal

O meu país tem o sangue
a palpitar por inteiro
no oceano lendário
de seres despovoados da inclítica geração
sem murmúrio nem sussurro
o vidro de cal e sal
ressuscita da nobre cinza.

A humanidade heróica despe 
o cedro sem mancha
mata o pintarroxo em circuito de trilhos
no lamaçal de desalojados.

Os ilustres gentios da terra povoam
o rio lânguido e verde
lutam e labutam sob os tentáculos do polvo
e com a força motriz dos braços
arrastam as ledas madrugadas
na leveza dos dias frios de outrora.

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