sábado, 14 de setembro de 2019

Falta pouco

Falta pouco
para ter direito à voz da alma
que pena no escuro aquando do sibilar das folhas
sob o candeeiro de rua
em silêncio observa suas gentes apressadas.
No conforto dos dias
a gestão do tempo é involuntário
na linha da frente, as dunas sob a planície
fazem reentrâncias seguras
no porto de abrigo ao pôr do sol.
Tombo-me perante as asas da gaivota em Alvalade
corro ao teu encontro a favor do vento
nós duas somos o mel na poncha
no doce cálice de sacrifício e estudo.
O leme e a proa do barco
no azul das cândidas águas que a ilha oferece
navega teu nome em avenida faustosa
agarro o lápis para escrever teu rosto
amanhã na parede do cais.

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