Não te quero perto
quando o barco soprar longe
e as armas sem guerra
soarem a futilidades de homens inúteis.
Não te quero perto
quando pressentir um dia longo
de conchas acesas
arrefecendo as claras manhãs.
Não te quero perto
quando o fruto adocicado da colmeia
tempera o poema em néctar
do infértil inseto.
Não te quero perto
o ser e o parecer
são miragens ocultas
da raíz segura ao ventre
da terra semi-nua.
Não te quero perto
quando as curvas onduladas
pelo azul marinho do teu ser
pacificarem o querer num arco horizontal.
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