quarta-feira, 1 de agosto de 2018


Adiar o tempo
e tudo o que nele envolve
é deixar à margem
o artista que não fala
no horário do fim
ser objeto de nada em metamorfose
sentir arqueologia sem arte
dona sem tempo
numa conquista solitária.
O bailarino sem palco
ao ritmo do nevoeiro
balanceia a coreografia
no delírio da literatura grega
no sentir incompleto
o que lhe falta é a incerteza
para ser tudo num mausoleu infinito.

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