quinta-feira, 16 de agosto de 2018






É no meio do silêncio
que as aves assobiam
ao nascer do sol
e a fragilidade humana
queda-se ao adormecer.
Na casa iluminada
luz ausente percorre o labirinto
de veias de barro
o vaso se quebra, sem pranto
ao som do violino, geme.
O ruído do arraial
repenica ao longe
naquela passagem estreita
presa ao areal rançoso da praia.
Sopra o vento
o convite mudo
para dançar na garganta do bêbado
o vinho salgado
e o bolo do caco.

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