quatro grafemas
quatro cravos à beira mar
soprando as velas dos mastros
do barco da minha infância.
É a ilha
que respira a espuma dos dedos
gaivotas sem asas a voar
desfraldando nuas e cruas
sombras de rosas ao luar.

É a ilha
que queima a lava por dentro
senhora de vendavais
nascentes de gente, sem mágoa
homens em tronco nu, nos areais.
É a ilha
de marinheiros e piratas
de guindastes rochosos
cisnes brancos no cabelo ao vento
vulcão interno a borbulhar...
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